Crônica: Rumo à Capela

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Por: Sérgio Sant’Anna*

O sol escondido em meio à cerração. Dez graus marca o termômetro da praça central. Senhores e senhoras de cuia em mãos, eis que chego à Capela e logo adentra um senhor que diz morar nas ruas e me pergunta:

– Será que hoje me darão algumas roupas, estou passando frio…

– Sim. Respondo sem saber a atitude dos demais que chegariam em poucos minutos.

 – Como é difícil quando perdemos os entes da família. Sou sozinho nesta vida. Pai e mãe estão mortos. Filhos me deixaram, assim como minha esposa…bebi muito nessa vida, meu jovem! Não faça isso…

E continuou:

– Nenhum sucesso profissional compensa o fracasso no lar…

Peguei o meu casaco que guardara na mochila e dei a ele…

* Sérgio Sant’Anna é Professor de Língua Portuguesa do Anglo e COC Professor de Redação da Rede Adventista e Jornalista.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

 

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